Como o preço do aluguel em São Paulo subiu além do período pré-pandemia?

Chave de casa pendurada na fechadura, representando o aluguel.
Foto da autora Giovana Costa

A pandemia provocada pela COVID-19, os eventos econômicos e sócio-políticos, aliados à instabilidade das políticas públicas, foram os principais fatores responsáveis pelo recente aumento da inflação no Brasil. Nos três primeiros meses do ano, a alta de preços atingiu 64%, mais da metade do teto da meta do governo para todo o ano de 2022, enquanto, atualmente, a inflação já atinge 78% dos produtos.

Logo, o setor imobiliário também passou a sentir os efeitos resultantes desta alta na inflação. Seja por meio dos processos de êxodo urbano, em que os imóveis fora dos grandes centros ganharam mais atenção de quem busca mais espaço, seja por meio da alta nos preços das matérias-primas do setor da construção; ou simplesmente devido às mudanças nos preços dos aluguéis e às regras de despejo.

Em abril, de acordo com uma pesquisa do Quinto Andar, a comparação da média do preço do metro quadrado, em relação aos três últimos meses antes da pandemia provocada pela COVID-19 (janeiro, fevereiro e março de 2020) com o primeiro trimestre de 2022, revelou que 56% dos bairros da capital paulista apresentam aluguel mais caro do que apresentavam no período pré-pandemia.

Lista contendo os cinco bairros que mais sofreram aumento no preço do aluguel, em relação a 2020 e 2022, em São Paulo.
Os cinco bairros que mais sofreram aumento no preço do aluguel, em relação a 2020 e 2022, em São Paulo. Fonte: Uol | Quinto Andar

Já em maio, novas pesquisas indicam outro aumento em São Paulo, ao atingir o maior valor do preço do metro quadrado do aluguel, de toda a série histórica iniciada em 2019, ao atingir R$ 39,51 por metro quadrado. Assim, este foi o décimo mês consecutivo de alta, enquanto, em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 9,87%.

Vale a pena, então, observar se a alta de preço nos bairros de São Paulo se refere a uma alta também na demanda, o que pode ser um atrativo interessante para investidores de imóveis. 

Assim, apesar dos avanços em relação às questões pós-pandêmicas sobre o aluguel na cidade, como o aumento nas negociações on-line e a desburocratização de processos, a alta nos preços é uma realidade. E, em ano eleitoral, com a Copa do Mundo vindo aí e as possíveis mudanças em relação à pandemia, as variações podem ser mais instáveis e as renegociações dos aluguéis podem acontecer mais vezes.

Foto da autora Giovana Costa
Jornalista entusiasta do audiovisual e editora com foco em SEO. Cobre o mercado imobiliário com foco nas inovações e nas novidades que transformam o setor (e o mundo).
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