Microverdes: mais possibilidades para os condomínios
Sete em cada dez paulistanos dizem conhecer pouco ou nada sobre aquecimento global ou mudanças climáticas, de acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”. Enquanto 63% dos entrevistados concordam totalmente ou em parte que os problemas ambientais favorecem a existência de pandemias.
Assim, surgem dúvidas sobre a possibilidade de encontrar soluções a tempo de evitar mais consequências climáticas negativas, que colocarão em risco a vida. Entretanto, há esperanças: desde a procura por uma arquitetura mais sustentável, a novos tipos de construções e até fachadas verdes, a ideia de aliar inovação e sustentabilidade é o objetivo de muitas empresas conscientes em relação aos problemas socioambientais e à saúde da população, o que também engloba a alimentação.
A Fazenda Bioma, por exemplo, abastece restaurantes e mercados por meio da produção local de microverdes, hortaliças sem agrotóxicos, conhecidas pela facilidade no plantio e seu baixo uso de água. Uma iniciativa que pode facilmente contribuir com o plantio de hortas em condomínios ou em apartamentos com pouco espaço, afinal, os microverdes têm feito muito sucesso entre as pessoas que buscam um elevado poder nutritivo para suas refeições ou que simplesmente têm dificuldade em manter suas plantas vivas.
Sem terra, mas também sem química alguma, os microverdes são cultivados em contêineres, onde são refrigerados e iluminados por LED. As bandejas com forro de fibra de coco podem dar origem a brotos de cenoura, alho, brócolis, rabanete, entre outros alimentos. A Supergreen, por exemplo, oferece planos mensais para entrega de microverdes e também trabalha abastecendo feirinhas em condomínios em Bauru.
Empreendimentos como O Parque Brooklin e o Bosque Marajoara oferecem áreas verdes completas e, portanto, contribuem com ambientes saudáveis. Mas assim como os supermercados dentro de condomínios, os microverdes podem ser uma boa oportunidade para inovar por meio do consumo, facilitando processos, contribuindo com uma alimentação mais nutritiva e, consequentemente, aumentando a qualidade de vida dos moradores de dentro para fora.
Afinal, revisitar o hábito de plantar um alimento que será utilizado na refeição para toda a família pode ser terapêutico, oferecendo mudanças saudáveis e significativas para um momento de quarentena e trabalho remoto.