Crise energética e mais atenção ao ESG: o que muda?
O setor imobiliário aumentou a incorporação dos critérios Environmental, Social and Governance (ESG) nos seus projetos de investimento, devido à crescente demanda de investidores e em resposta à crise energética. Desse modo, as construções sustentáveis passaram a chamar a atenção da sociedade como um todo.
De acordo com um levantamento feito pela ABRAINC e pela Brain Inteligência Estratégica, há uma parcela de brasileiros disposta a investir em imóveis mais sustentáveis. O estudo revelou que:
- 66% dos entrevistados consideram importante ter energia solar;
- 56% pagariam mais por uma residência com tecnologia para reutilização de água de chuva;
- 57% das pessoas preferem moradias com espaços arejados e integrados à natureza.
Além dos selos sustentáveis já existentes, o selo Excellence in Design for Greater Efficiencies (EDGE) tem aparecido cada vez mais nos lançamentos. Com o objetivo de otimizar projetos para usar menos energia, água e energia incorporada em materiais, a certificação já é utilizada em mais de 180 países.
O processo de certificação envolve:
- Uma etapa preliminar, que considera o projeto do empreendimento como um todo;
- Uma certificação final, concedida no momento da entrega do imóvel;
- O reconhecimento do selo, que acontece somente se o empreendimento atingir, no mínimo, 20% de eficiência em cada uma das categorias.
Cada unidade habitacional possui o seu certificado individual para atestar o desempenho do imóvel. Inclusive, a Tegra Incorporadora é uma das empresas que assumiu o compromisso anteriormente e segue investindo em projetos sustentáveis.
Projetos com certificação Edge já comprovam as transformações no setor. Por exemplo, o Ode Perdizes, que gera uma economia de 29% no consumo energético e de 21% no consumo hídrico, e o Gravura Perdizes, cuja eficiência energética atinge os 32% e a redução da energia incorporada nos materiais é de 30%.