Como os gêmeos digitais podem transformar e reformar projetos inteiros
Ainda que o uso potencial de tecnologias avançadas seja aspiracional, por meio do mapeamento 3D e da análise de dados estáticos em tempo real, empresas e, até mesmo, municípios estão adotando cada vez mais a tecnologia digital twins, conhecida em português como gêmeos digitais. Uma tecnologia que, inclusive, pode beneficiar o uso do sistema BIM.
Os estudos iniciais surgiram ao final dos anos 1990, por meio do conceito do "mundo espelhado". Hoje em dia, como parte do chamado metaverso, os gêmeos digitais funcionam como uma inserção de um objeto no meio cibernético que possui um correspondente no meio analógico. Seu objetivo é melhorar o produto final reduzindo custos, identificar oportunidades de melhoria e encurtar o tempo de produção, trazendo soluções sobre o processamento de dados.
A expectativa é de que, até o final de 2024, existam dados suficientes de simulações em tempo real para criar um gêmeo digital focado em secas, tsunamis, ondas de calor, erupções vulcânicas, terremotos e enchentes, para fornecer soluções concretas aos países diante destas condições insustentáveis.
Em Orlando, na Flórida, a organização Orlando Economic Partnership, em parceria com a empresa de jogos Unity, pretende desenvolver um modelo 3D da região, a fim de transformá-la em um hub de tecnologia, como uma vitrine planejada (em inglês) com telas de LED de 180 graus. O modelo permite uma visualização do planejamento urbano, das possibilidades perante os novos projetos de infraestrutura e dos seus impactos.
No Brasil, os gêmeos digitais já beneficiaram um dos prédios mais importantes de São Paulo. Após nove anos fechado devido a problemas de conservação, o Museu do Ipiranga foi reconstruído a partir do mapeamento via drones e, então, feita digitalização para a “antecipação” do projeto, por meio dos gêmeos digitais.