A ascensão dos microapartamentos em São Paulo
Recentemente, o vídeo de um apartamento de 10 metros quadrados vendido por R$ 200 mil e localizado na região central de São Paulo viralizou no Tik Tok. Quando foi anunciado pela incorporadora Vitacon, em 2017, o lançamento, até então, era considerado o menor da América Latina.
O episódio levantou a discussão sobre a ascensão dos microapartamentos, sobretudo na capital paulista, além das questões sobre o preço do aluguel pós-pandemia.
De acordo com um levantamento feito pela USP, considerando unidades de até 40 m², foram lançados cerca de 250 mil apartamentos pequenos entre 2014 e 2020. Dentre as motivações, estavam as tendências de mercado e também um decreto municipal aliado a uma mudança na legislação.
Atualmente, a maioria dos novos studios e microapartamentos estão em bairros nobres das Zonas Sul e Centro-oeste, como Pinheiros, Vila Mariana e Jardins. Considerada uma tendência em grandes metrópoles, apesar da metragem menor, os microapartamentos oferecem mais serviços, por meio das áreas comuns do condomínio.
Além disso, este tipo de imóvel acaba se concentrando nos entornos de corredores de ônibus, estações de metrô e trem, devido à sua localização em espaços onde há incentivos legais para adensamento populacional. Enquanto os diferentes modelos de trabalho influenciam novas maneiras de morar nas grandes cidades.
Dados de um levantamento do Secovi-SP revelam que, nos últimos sete anos, os microapartamentos, neste caso, menores de 30 m², passaram de 0,8% para 22% do total de lançamentos imobiliários realizados na capital paulista entre janeiro e maio. Assim, cada vez mais, os microapartamentos atraem investidores e seguem ganhando espaço na capital e em diversas metrópoles do mundo, afinal, a procura também está aumentando.