Real estate fintechs propõem solução de ponta a ponta
Até para o cliente mais organizado financeiramente, o primeiro imóvel quase sempre vai incluir um crédito imobiliário. Afinal, não é todo mundo que tem o valor de um imóvel guardado no banco.
Dizem que o corretor de imóveis focado no Casa Verde e Amarela é uma pessoa que precisa se preocupar mais em resolver questões financeiras do que a venda do imóvel em si.
Por essas e outras, há uma grande tendência de o mercado imobiliário ficar cada vez mais próximo do mercado financeiro. E surgem as real estate fintechs.
A Amazon, quando começou a implementar o conceito "The Everything Store", apostou numa ideia que poderia impulsionar vendas de ponta a ponta, em diversas categorias de produtos. Porém, esse conceito ainda não existe no mercado imobiliário (em inglês).
O principal motivo é que é realmente difícil ser excelente em todas as pontas do mercado imobiliário, e nunca ninguém conseguiu fazer isso.
Aqui no Brasil, já tivemos movimentos nessa direção. Alguns exemplos:
- Do mercado financeiro na direção do imobiliário: Santander era dono do WebCasas, mas pecavam por terem poucas opções de imóveis.
- Do mercado imobiliário na direção do financeiro: Lopes oferecendo soluções financeiras da CrediPronto (do Itaú), mas pecam por terem poucas variedades de linhas de crédito.
A Terracota Ventures mapeou 121 real estate fintechs somente no Brasil, que estão propondo novas soluções em quatro etapas da cadeia: Aquisição, Propriedade em Uso, Construção e Locação.
Há uns seis anos, só se falavam em fintechs no Brasil. Há uns três anos, as construtechs começaram a disputar essa atenção. Talvez as real estate fintechs sejam as próximas.