O envelhecimento da população e seu reflexo no mercado imobiliário
Espera-se que até 2050 o número de pessoas com 65 anos ou mais duplique (em inglês), acontecimento que causará diversos problemas sociais (em inglês). Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil já registrava a quinta maior população idosa do mundo, apresentando uma série de discussões sobre as mudanças necessárias para que o País se prepare para o envelhecimento de sua população.
Essas mudanças não devem ocorrer apenas nas esferas econômicas e sociais, mas também no planejamento urbano, afinal nem todas as cidades estão prontas para abrigar uma população mais velha. Para incentivar a mudança desse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas (GNFACC), a qual identifica cidades com estruturas inclusivas que incentivam o envelhecimento.
Atualmente, 805 cidades espalhadas pelo mundo são identificadas como bons lugares para pessoas idosas; das comunidades aprovadas, 18 são brasileiras. Pensando nas cidades que ainda não atendem às necessidades das pessoas idosas, a instituição também lançou o Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, uma pesquisa que estudou locais em diferentes países para chegar a uma série de orientações sobre como construir ou adequar a construção desses espaços.
O Guia pode ser utilizado por diversos setores interessados em criar cidades preparadas para população idosa, pois suas orientações refletem sobre questões envolvendo: inclusão social, participação cívica, transporte e serviços de saúde, apresentando direcionamentos, como:
- Caminhabilidade das ruas;
- Quantidade de áreas verdes;
- Acessibilidade do transporte público;
- Diversidade de atividades;
- Elementos que garantem o bem-estar desta população.
Podemos identificar um novo nicho a ser trabalhado pelo mercado imobiliário, além da possibilidade da criação de projetos com conceito Senior Living em cidades que já são identificadas como bons lugares para se envelhecer. O mercado pode ser ousado e começar a pensar em novas localidades para se criar bairros planejados voltados a esse público, sendo uma maneira também de acolher e lutar contra o preconceito que essa população sofre.