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O envelhecimento da população e seu reflexo no mercado imobiliário

Foto da autora Nathalia Zanardo

Espera-se que até 2050 o número de pessoas com 65 anos ou mais duplique (em inglês), acontecimento que causará diversos problemas sociais (em inglês). Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil já registrava a quinta maior população idosa do mundo, apresentando uma série de discussões sobre as mudanças necessárias para que o País se prepare para o envelhecimento de sua população.

Essas mudanças não devem ocorrer apenas nas esferas econômicas e sociais, mas também no planejamento urbano, afinal nem todas as cidades estão prontas para abrigar uma população mais velha. Para incentivar a mudança desse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas (GNFACC), a qual identifica cidades com estruturas inclusivas que incentivam o envelhecimento.

A mobilidade é uma das estruturas principais em uma cidade para idosos.
A mobilidade de uma cidade é uma das estratégias essenciais para que a população idosa tenha incentivo a um envelhecimento saudável. Fonte: Mobilize Brasil

Atualmente, 805 cidades espalhadas pelo mundo são identificadas como bons lugares para pessoas idosas; das comunidades aprovadas, 18 são brasileiras. Pensando nas cidades que ainda não atendem às necessidades das pessoas idosas, a instituição também lançou o Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, uma pesquisa que estudou locais em diferentes países para chegar a uma série de orientações sobre como construir ou adequar a construção desses espaços.

O Guia pode ser utilizado por diversos setores interessados em criar cidades preparadas para população idosa, pois suas orientações refletem sobre questões envolvendo: inclusão social, participação cívica, transporte e serviços de saúde, apresentando direcionamentos, como:

  • Caminhabilidade das ruas;
  • Quantidade de áreas verdes;
  • Acessibilidade do transporte público;
  • Diversidade de atividades;
  • Elementos que garantem o bem-estar desta população.

 

Esquema com áreas essenciais em uma cidade amiga do idoso.
Áreas a serem consideradas em uma cidade amiga do idoso. Fonte: Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas

Podemos identificar um novo nicho a ser trabalhado pelo mercado imobiliário, além da possibilidade da criação de projetos com conceito Senior Living em cidades que já são identificadas como bons lugares para se envelhecer. O mercado pode ser ousado e começar a pensar em novas localidades para se criar bairros planejados voltados a esse público, sendo uma maneira também de acolher e lutar contra o preconceito que essa população sofre.

Foto da autora Nathalia Zanardo
Arquiteta que entende a profissão como um transformador da sociedade. Acompanhando sempre os novos lançamentos do mercado imobiliário.
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