Sons da cidade e conforto acústico nas moradias
Imagine estar caminhando em uma rua bastante verde, junto de um parque com densa vegetação, pássaros e um lago com chafariz. Agora pense que você está em uma larga avenida que possui faixa de ônibus, corredor para motos e alto fluxo de veículos quando, de repente, começa a chover.
Provavelmente, em ambos os contextos, a sua imaginação incluiu sons diversos, das folhas das árvores, dos animais, dos veículos ou da água. A isso se dá o nome de paisagem sonora, fenômeno que faz parte da percepção de qualquer espaço.
No ranking de cidades mais ruidosas do mundo (em inglês), a principal fonte considerada é o tráfego rodoviário, tanto que só na Europa cerca de 60 milhões de pessoas estão expostas a níveis prejudiciais de ruídos causados nas vias.
Considerando esse fator na experiência do morar, a paisagem afeta drasticamente a qualidade de vida, afinal os momentos de descanso exigem tranquilidade. A lei do silêncio existe para controlar os ruídos em determinados horários e, cada vez mais, as construtoras investem em tecnologia para conforto acústico no interior da construção.
O empreendimento Artesano Oscar Porto, da R. Yazbek, por exemplo, possui lajes de 18 cm, pisos das áreas íntimas tratados com manta especial, forro acústico que suaviza os ruídos das tubulações hidráulicas dos banheiros e caixilhos altamente isolantes. Da mesma forma, o Sabino, da MOS, oferece soluções acústicas nas lajes, nos caixilhos e nos contrapisos.
De acordo com relatório (em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “o conforto acústico não deve ser visto apenas como a ausência de ruído, mas sim como uma situação onde os sons ambientais oferecem oportunidades para as pessoas prosperarem e cuidarem de sua saúde mental.” Dessa maneira, os sons das áreas comuns dos empreendimentos também podem ser trabalhados para valorizar o bem-estar por meio de experiências sensoriais.