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A instabilidade no mercado imobiliário norte-americano

Foto da autora Nathalia Zanardo

Impulsionada pela pandemia e pela Guerra da Ucrânia, a inflação vem desequilibrando a economia mundial, aumentando os riscos de uma forte recessão ainda neste ano. Os Estados Unidos vêm tentando conter o cenário no país com o aumento dos juros, que chegou ao seu maior nível desde 2008, atingindo diretamente o mercado imobiliário.

O aumento dos juros acaba encarecendo o financiamento imobiliário e afetando um dos grandes motores da economia do país. Com os juros de hipoteca em 5,5%, o mercado vem desacelerando e as vendas de imóveis caíram 13% nos últimos 12 meses, dando a sensação de paralisação ao mercado imobiliário com a previsão de retração de 12% em investimento de novas construções residenciais no próximo ano.

Casa para venda nos Estados Unidos.
Com altas taxas de juros, o mercado imobiliário norte-americano vem desacelerando após um período otimista. Fonte: Valor Econômico

Como um dos favoritos do setor imobiliário, as propriedades comerciais estão perdendo força devido ao aumento dos juros. Mesmo que os imóveis comerciais se destaquem entre as vendas, o cenário não garante estabilidade ao setor, em que os preços já caíram 5% no segundo trimestre, com possibilidade de uma queda de mais 5% até o final do ano. As previsões são de que as negociações de crédito imobiliário comercial possam encolher até 18% só neste ano.

Essa instabilidade no mercado acontece logo após um cenário otimista no qual o preço dos imóveis nos EUA atingiu a maior alta do século, subindo 20,6% durante a pandemia devido às baixas taxas de juros. As altas taxas de juros fizeram com que o mercado imobiliário norte-americano entrasse em recessão, um cenário muito diferente do Brasil, onde as vendas de imóveis continuam aumentando mesmo com a alta de juros como a Selic.

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