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São Paulo mais híbrida e caminhável

Entrada do CJ Shops.
Foto da autora Victória Baggio

A busca por uma rotina mais saudável, ativa e em contato com o exterior é uma realidade; o número de corredores de rua em São Paulo, por exemplo, dobrou nos últimos seis anos. Com a pandemia, certas ideias foram valorizadas, como o habitar a cidade de uma maneira mais fluida, dinâmica, aberta e com menos deslocamentos. São Paulo já possibilita usufruirmos de novos centros híbridos e o futuro plano diretor da cidade tende a reforçar tais ideais.

Entrada do CJ Shops.
Entrada do CJ Shops. Fonte: Site RG 

Antes do Natal de 2020, foi inaugurado o CJ Shops, um novo conceito de fazer compras e conviver na cidade. Projetado pelo escritório Arthur Casas, o CJ Shops extrapola a caixa fechada dos shoppings convencionais e abre-se para a rua, em um edifício híbrido, onde é possível passear, comprar e desfrutar de restaurantes, tudo a céu aberto, com uma franca relação com a rua. Tendência que já se via internacionalmente, como em Tokyo.

Em grandes cidades como São Paulo, a necessidade da criação de múltiplos polos é latente, afinal um centro só não é suficiente. Portanto, criar um novo centro, na região do Jardins, é mais um exemplo que coloca em prática o conceito da “cidade de 15 minutos", do cientista franco-colombiano Carlos Moreno. Tal proposta idealiza cidades com vários polos de atenção, bairros autossuficientes, nos quais os moradores encontrem tudo que precisam na região onde moram, de trabalho a lazer. O conceito está na pauta da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que acredita em uma cidade mais próxima e com melhor qualidade de vida.

Além disso, o CJ Shops, no Jardins, ao ter fachadas ativas, em que o comércio se abre para a rua, resulta em lugares mais movimentados, com vida, iluminação, manutenção e, portanto, mais seguros. A fachada ativa é um ponto forte do atual plano diretor da cidade de São Paulo, que tende a ser ainda mais valorizado no novo plano diretor em desenvolvimento.