O on-line influencia praticamente todas as vendas no mercado imobiliário
O tema mais debatido na 109ª edição da NRF de 2020, um dos eventos mais importantes do mundo para o varejo, foi a queda do fluxo nas lojas físicas, muito por conta dos canais digitais.
Para o varejo, os canais digitais geram sentimentos misturados.
O on-line derrubou a visitação e, segundo a Mercedes-Benz, o consumidor chegava a ir sete vezes à loja antes de comprar, atualmente, este índice caiu para 1,6. Porém, para o varejo, o on-line influencia 75% das compras realizadas em lojas físicas, ou seja, o comprador de informa pela internet vai à loja para comprar.
Essas constatações do varejo estão diretamente conectadas com o mercado imobiliário.
Quanto à queda da visitação, já ouvi isso em muitas incorporadoras, mas hoje é difícil concluir se o motivo é comportamental ou por conta da pandemia.
Recentemente o pessoal que cuida da expansão do Apto pelo Brasil ligou para uma construtora de uma cidade pequena (mas não minúscula) e o profissional de Marketing disse algo como: “Aqui a gente não precisa do on-line, porque na nossa cidade tudo acontece presencialmente”.
Cabe a reflexão sobre como o mundo está mudando mais rápido do que as pessoas conseguem acompanhar.
Existem milhares de dados que mostram como o Brasil é digital: 2º maior do mundo no WhatsApp, 4º maior do mundo no Facebook (em inglês), 234 milhões de smartphone no Brasil (mais do que a população) e muitas outras referências que podemos adicionar aqui.
Mesmo que você tenha o viés de paulistano ultradigital como eu, imagine uma pessoa em qualquer lugar do Brasil comprando o bem mais caro da vida dela, financiado por 30 anos. Será que essa pessoa não fará absolutamente nenhuma busca pela internet sobre essa compra? Não, salvo raras exceções.
Por isso, praticamente todas as vendas têm influência do on-line no mercado imobiliário. Devemos ter onipresença digital, estando onde as pessoas estão.