Espaços dinâmicos com divisórias móveis

Schröder House, casa que até hoje é reconhecida pela fluidez e dinâmica dos ambientes.
Foto da autora Victória Baggio

O modo de viver e habitar contemporâneo é dinâmico, temporal e adaptável. A casa atual é efêmera, com espaços que mudam conforme o uso: em um mesmo dia, a sala pode se transformar em espaço de trabalho ou em ambiente para receber visitas, por exemplo. Portanto, nada mais propício do que um espaço onde os limites possam ser redefinidos com facilidade, dividindo um ambiente único e proporcionando diferentes atividades.

Fechamento da área íntima da Schröder House.
Fechamento da área íntima da Schröder House. Fonte: Rietveld Schröderhuis
Fechamento final da área íntima da Schröder House.
Fechamento final da área íntima da Schröder House. Fonte: Rietveld Schröderhuis

Apesar de a flexibilidade dos espaços parecer uma prática proveniente dos tempos atuais, é algo que já se ensaiava desde o século passado, época do auge da arquitetura modernista. O arquiteto holandês Gerrit Rietveld projetou, em 1924, uma casa que até hoje é reconhecida pela fluidez e dinâmica dos ambientes, a Schröder House. Por meio de um engenhoso sistema de paredes deslizantes e retráteis, a área íntima da casa pode ser um único e amplo espaço, para as crianças brincarem durante o dia, e, à noite, subdividido em três dormitórios.

Atualmente, são cada vez mais recorrentes metodologias de divisão e flexibilização dos espaços, afinal, trata-se de uma solução prática, barata e que não ocupa muito espaço, ou seja, ideal para apartamentos contemporâneos, onde a otimização espacial é essencial, principalmente em unidades compactas.

O mesmo recurso pode ser utilizado em apartamentos mais antigos, como pode ser visto neste projeto da PKMN. Em empreendimentos novos, esse conceito também pode ser aplicado em apartamentos de tamanhos maiores, como o Área Vila Mariana e o Cotoxó 926.

 

Foto da autora Victória Baggio
Arquiteta, com formação no Uruguai e Portugual, atualmente mestranda em projeto de arquitetura. Apaixonada pelo fazer e escrever arquitetura.
Quer relatar sobre algum erro? Avise a gente
Compartilhe:
Mais conteúdos imobiliários:
Fachada ativa no segmento residencial

Fachada ativa no segmento residencial

A utilização não residencial da fachada, permitindo o acesso à população, é uma medida interessante e que traz ganhos para a cidade.
Foto da autora Thainá Neves
Thainá Neves
Produtos MCMV – Evolução e tendência

Produtos MCMV – Evolução e tendência

A evolução no segmento econômico e no Programa Minha Casa Minha Vida possibilitou o surgimento de produtos com diferenciais e boa localização, mudanças que podem incorporar um novo público comprador.
Foto da autora Gabriela Borba
Gabriela Borba
A rua também é feita de pessoas (não só de muros)

A rua também é feita de pessoas (não só de muros)

A abertura do térreo de edifícios, com espaços ao ar livre ou galerias, cria possibilidades e movimenta a rua. Esse fluxo de pessoas traz segurança...
Foto da autora Thainá Neves
Thainá Neves