Abertura de capital: mercado imobiliário tende a ficar aquecido
O início de novos projetos e a construção de empreendimentos requerem muito planejamento e operações que garantam que o capital disponível seja utilizado da melhor maneira possível.
Atualmente, no mercado imobiliário, grandes empresas têm se preparado para ofertar IPO (oferta pública inicial) no 2° semestre de 2020. Até o momento são, pelo menos, 16 empresas, como You Inc., Cury, Diálogo e mais!
Em entrevista exclusiva ao Blueprint, Osvaldo Casado Jr., diretor de Investment Banking do Banco Plural, falou sobre os rumos que as construtoras e incorporadoras podem seguir para operações assertivas.
A importância do IPO para o desenvolvimento de empresas do setor imobiliário
Osvaldo Casado Jr. enfatiza a importância do setor imobiliário no Brasil, tanto pelo aspecto do déficit habitacional quanto pela representatividade que tem no PIB (em torno de 6%). “O mercado de capitais é um importante parceiro nessa ‘ponte’ de acesso ao capital do setor porque, cada vez mais, a demanda pela casa própria aumenta, tanto pela formação de novas famílias, como também pelas condições de juros atuais.”, afirma o diretor. Essa maior disponibilidade de recursos auxilia na aquisição de terrenos, por exemplo.
Alternativas para que as construtoras e incorporadoras financiem seus projetos
A principal alternativa hoje é o mercado de capitais, que inclui a bolsa de valores. “Sem dúvida, através do mercado de capitais, que no Brasil já possui tecnologia e estrutura para trabalhar formas eficientes de financiamento com prazos mais longos, custos mais competitivos, bem como maior dinamismo para mitigar a exposição de caixa nos projetos.”
Vantagens da abertura de capital para construtoras e incorporadoras de médio porte
O fato de os investidores brasileiros serem os grandes responsáveis por alocação nas ofertas faz com que elas não necessitem ter um porte relevante, como era em tempos passados. “Empresas médias têm total condição de buscar também essa alternativa de capital, mesmo tendo pouco alcance fora do Brasil. Atualmente o volume médio negociado na B3 por pessoas físicas já é um pouco maior do que o volume de investidores institucionais (27% vs. 23% – dados da 1ª semana de julho), o que demonstra um maior acesso às informações, defende Osvaldo.
“Pela Genial, nossa plataforma de investimento, temos organizado diversos fóruns de educação financeira para os novos investidores (os novos entrantes) e ajudado também pelo Banco Plural, muitas empresas de médio porte, a buscarem uma melhor estrutura de capital”, conclui.
É muito bom que o mercado imobiliário comece a explorar as oportunidades que as aberturas de capital oferecem. Empresas como Eztec, Even e Cyrela mudaram de patamar depois da entrada na bolsa de valores (B3) e, quanto mais exemplos assim, melhor.