Materiais sustentáveis sugerem uma construção civil mais ecológica
A indústria do cimento é uma das principais emissoras industriais de dióxido de carbono do mundo, contribuindo com 7% das emissões globais. Dessa forma, descobrir maneiras mais sustentáveis de produzir diferentes materiais tem sido a alternativa mais promissora para a construção civil mundial.
Recentemente, os arquitetos Wael Al Awar e Kenichi Teramoto, fundadores do escritório de arquitetura waiwai, desenvolveram um cimento feito à base de sal. Rica em minerais de magnésio, a salmoura utilizada pela dupla é resultado dos processos de transformação nas usinas de dessalinização dos Emirados Árabes Unidos, que removem o sal da água do mar.
Outra alternativa surgiu por meio da companhia indiana Rhino Machines, que produz equipamentos para construção civil. Com o estúdio de design R+D.LAB, que realiza as pesquisas do escritório de arquitetura R+D Studio, a companhia desenvolveu um tijolo sustentável chamado silica plastic block (SPB), que é composto de resíduos industriais, materiais reciclados (sobretudo plástico) e areia de fundição.
No Brasil, a ideia de utilizar restos de materiais de construção como matéria-prima para fabricar tijolos partiu da arquiteta e urbanista Daniella Mendonça. Hoje em dia, alunos e professores da Universidade Federal do Tocantins, em Gurupi, executam um projeto sustentável com base na ideia e, com isso, contribuem com a limpeza da cidade, enquanto a produção sai por um custo menor e tem um impacto mais ecológico. Mudanças como essa podem transformar as construções em todo o mundo.