Um panorama sobre o mercado imobiliário
O mercado imobiliário brasileiro é um dos segmentos mais relevantes para a economia, tanto pela relação direta com a construção civil quanto pelos valores movimentados. Assim, apesar de momentos de crise e desafios, é um mercado cheio de oportunidades.
Depois das dificuldades trazidas pela crise do novo Coronavírus, o cenário tem se transformado. A recuperação do setor está gerando crescimento e boas alternativas. Ao conhecer o que ele tem a oferecer, é possível se preparar para aproveitar seus movimentos.
Neste artigo, você terá um panorama do setor imobiliário e saberá como ele tem se portado — incluindo o período da pandemia. Confira!
Como está o mercado imobiliário no momento?
Entre 2013 e 2018, o mercado de imóveis passou por momentos difíceis, devido à queda nas vendas e nos lançamentos de projetos imobiliários. Porém, a situação começou a mudar em 2019 e o setor tem se mostrado em recuperação, mesmo na crise causada pela pandemia de 2020.
A seguir, veja um panorama do desempenho do segmento imobiliário e entenda quais são as principais oportunidades!
Recuperação após período de baixa
O estudo “Anuário do Mercado Imobiliário 2019” do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) ajuda a demonstrar qual é a condição do setor.
No quarto trimestre de 2019, por exemplo, foram lançadas 44,3 mil unidades. O número é 28,3% maior em relação ao trimestre anterior e 8,4% maior que o mesmo período de 2018.
Nesse mesmo intervalo de tempo, foram vendidas 37,5 mil unidades residenciais novas. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 13,9% e, em relação ao que foi observado no quarto trimestre de 2018, foi de 9,7%.
Ao total, foram 130,1 mil unidades lançadas — o que é 15,4% maior que as 112,8 mil unidades de 2018. Já as vendas somaram 130,4 mil unidades residenciais, um crescimento de 9,7% em relação às 118,9 mil unidades de 2018.
Todos esses dados ajudam a corroborar a retomada de fôlego do mercado ao longo de todo 2019 e com foco especial no segundo semestre.
Impactos da pandemia
Apesar de os resultados terem começado a se mostrar animadores em 2019, indicando uma recuperação, a pandemia gerou preocupações sobre o setor. Com a crise sanitária, surgiram dúvidas se o mercado passaria por nova retração.
Logo no começo da situação mundial, o setor de imóveis sofreu alguns abalos. Houve redução na procura dos imóveis e suspensão de atividades da construção civil, devido às regras de isolamento. Mas o segmento começou a se recuperar pouco tempo depois e se mostrou um dos mais resilientes.
Uma das formas de medir isso é pelo acompanhamento dos dados do crédito imobiliário. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o mercado imobiliário acelerou em 2020.
Em dezembro de 2020, a modalidade de financiamento imobiliário somou mais de R$ 17 bilhões. O número é 26% maior que o mês anterior e 101,6% maior que dezembro de 2019. Além disso, foi o melhor resultado desde julho de 1994, quando houve a criação do Plano Real.
A recuperação do crédito imobiliário ganhou tração em junho de 2020 e culminou no recorde mensal histórico do último mês do primeiro ano de pandemia.
Em dezembro de 2020, foram financiados quase 56 mil imóveis, o que é um aumento de 76,6% em relação ao período de 2019. No ano, foram quase 427 mil unidades imobiliárias financiadas, número 43,2% maior que as 298 mil unidades de 2019.
Ao total, o valor financiado em 2020 chegou a quase R$ 124 bilhões. O montante representa um aumento de 57,5% em relação ao ano anterior. Também é maior que o pico histórico de 2014, que foi de R$ 112,9 bilhões.
Maior oferta de crédito
Ainda sobre crédito do mercado imobiliário, notícias mostram que a evolução dos valores disponibilizados passou de 2020 e continuou no começo de 2021.
Também segundo a Abecip, os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) chegaram a R$ 16,70 bilhões em abril de 2021.
Embora seja uma redução em relação a março de 2021 (R$ 18,47 bilhões), é um valor quase 150% maior que em abril de 2020 (R$ 6,70 bilhões). Significa que, em abril de 2021, foram financiados 70,1 mil imóveis, número que é 196% maior que o mesmo mês de 2020.
Além disso, o montante do primeiro quadrimestre de 2021 permitiu o financiamento de 258 mil imóveis, o que é 151,8% maior que o período de janeiro a abril de 2020.
O que ajuda a explicar o cenário, tanto em 2020 quanto em 2021, são as baixas taxas de juros. Em 2020, a Selic atingiu a mínima histórica de 2% ao ano, o que aumentou o acesso ao crédito.
Então, mesmo com a pandemia, o setor se manteve aquecido e movimentou grande quantidade de recursos financeiros. Desse modo, o mercado imobiliário foi um dos principais responsáveis por manter e gerar empregos, dando sustentação à boa parte da economia brasileira.
Aumento no interesse pelo investimento em imóveis
A taxa Selic baixa, ao longo de 2020, também trouxe outro impacto para o mercado imobiliário: o aumento do interesse por parte dos investidores.
A taxa menor reduziu a rentabilidade dos produtos de renda fixa, o que fez com que mais investidores buscassem alternativas. Diante do bom resultado do setor imobiliário, a alocação de recursos em bens desse tipo aumentou.
Considerando que a recuperação começou a acontecer em 2019, muitos investidores viram a oportunidade de realizar compras antes do aumento de preços. Afinal, isso pode otimizar a rentabilidade.
Além dos investidores individuais, os fundos imobiliários também aumentaram a procura por imóveis. Esse foi mais um fator para manter o aquecimento do segmento.
Também vale pensar que o investimento em imóveis é, tradicionalmente, considerado uma alternativa segura e vantajosa. Diante dos resultados otimistas, essa sensação é reforçada.
Consolidação do crescimento
Uma pesquisa do mercado imobiliário feita pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) confirma todas as expectativas de crescimento. Segundo a entidade, as vendas no mercado imobiliário cresceram 9,8% em 2020.
O resultado ficou acima das expectativas e demonstra a força do setor, mesmo diante de condições consideradas adversas. Somente de imóveis residenciais novos foram quase 190 mil vendas. No último trimestre do ano, a soma foi de quase 58 mil propriedades.
Todos esses resultados demonstram que o avanço não se limita a períodos curtos. Logo, há indícios de que o segmento tem ganhado força nos últimos 48 meses, o que tende a se refletir por um período no futuro.
Quais são as perspectivas para o setor de imóveis?
Diante de resultados positivos quanto ao crescimento do mercado imobiliário, abre-se um novo momento de otimismo a respeito do setor e seus resultados. Por isso, para os próximos anos, há expectativas de um bom desempenho.
Ao mesmo tempo, é esperado que ocorram mudanças. Na sequência, veja quais são as principais perspectivas para o segmento!
Consolidação do crescimento
Depois de resultados positivos em 2019 e de uma superação de expectativas em 2020, mesmo com a pandemia, há indícios de crescimento para os próximos anos. Segundo a CBIC, por exemplo, o mercado imobiliário poderá crescer entre 5% e 10% ao final de 2021.
O desempenho depende da recuperação da economia e das condições disponíveis para investimentos e lançamentos imobiliários. Mas existe a expectativa de que o mercado será capaz de engatar uma sequência de, pelo menos, três anos de alta.
Isso é reforçado pelas expectativas sobre a economia. Se o desempenho econômico avançar, é esperado que os consumidores tenham ainda mais confiança, o que tende a favorecer as vendas.
Mudanças no mercado consumidor
Pensando nas expectativas e nas tendências do setor de imóveis, é preciso considerar a mudança no perfil de consumo de quem compra as propriedades. Devido à pandemia, em especial, muitas famílias passaram por mudanças significativas na rotina.
Como diversas empresas anunciaram o plano de trabalho híbrido de modo indefinido, o home office tende a afetar a escolha de imóveis. Com esse novo panorama, é provável que um comprador opte por um empreendimento imobiliário com mais estrutura, por exemplo.
É esperado que as pessoas busquem mais conforto e mais praticidade. Imóveis maiores e com mais comodidades, provavelmente, passarão a fazer parte das preferências de quem compra unidades imobiliárias.
Também pode haver a preferência por uma localização com mais qualidade de vida — e não apenas perto do trabalho. Isso abre a oportunidade para lançamentos em locais fora dos centros econômicos e financeiros das grandes cidades.
Aumento dos valores
Após os preços caírem ou se manterem estáveis ao longo dos últimos anos, a recuperação do mercado imobiliário traz perspectivas de mudanças. Com o aumento da procura e das vendas, faz sentido prever um aumento contínuo dos valores de 2021 em diante.
Para quem investir agora, essa é uma boa notícia, já que pode significar investimentos mais rentáveis e vantajosos. Mesmo para uso próprio, é uma forma de aproveitar a valorização dos imóveis.
Além disso, há uma tendência de aumento de preço na área de construção. Como consequência, é provável que esse avanço se reflita nos preços finais de negociação. Para quem deseja fazer o melhor negócio, 2021 pode ser uma oportunidade para maximizar o retorno a ser obtido.
Incorporação de mais tecnologias
Não há como ignorar o papel da inovação no mercado imobiliário e como ela tende a moldar os próximos anos. O avanço da tecnologia faz com que os compradores busquem mais imóveis e condomínios inteligentes, por exemplo.
Então, é esperado que surjam mais lançamentos com essa proposta, trazendo as residências do futuro. Em especial, para as novas gerações que são mais conectadas e fazem mais questão dessas características.
Além disso, as tecnologias ganharão mais relevância também na outra ponta do mercado imobiliário, ou seja, entre as incorporadoras e as imobiliárias. Cada vez mais um corretor de imóveis poderá adotar recursos tecnológicos para anunciar imóveis e captar interessados.
Isso já vem sendo feito, como acontece ao usar um portal de vendas imobiliárias. Porém, a tendência é que se torne ainda mais forte — e que sejam beneficiados aqueles que já utilizarem esses recursos.
Reforço da importância do setor
Todas essas expectativas demonstram que o mercado imobiliário tende a ganhar cada vez mais relevância na economia brasileira. Os resultados passados e as previsões demonstram que o setor tem grande resiliência e pode superar mesmo crises prolongadas.
Além disso, não é incorreto pensar que o setor poderá ajudar a puxar o retorno da economia e do seu crescimento.
Com o aumento no volume de negociações e com o apoio oferecido ao desenvolvimento da construção civil, é provável que o mercado de imóveis seja fundamental na recuperação — tanto no pós-pandemia quanto na consolidação econômica brasileira após anos turbulentos.
Como o Apto pode ajudar?
Como você viu, o mercado imobiliário brasileiro está em recuperação desde 2019, após um período de queda. Ele é muito buscado por quem deseja comprar, vender ou construir, trazendo oportunidades para todos.
Para aproveitar esse cenário, entretanto, é fundamental contar com os parceiros certos. Com o Apto, é possível aproveitar o maior shopping de imóveis novos do Brasil. Presente em todos os estados, ele conta com oportunidades que atendem a diversos interesses.
Além disso, o Apto oferece uma vitrine nacional para incorporadoras e construtoras que desejam captar leads qualificados para seus lançamentos. Com uma exposição diferenciada, é possível incrementar os resultados de interessados e de conversões.
Não menos importante, o Apto busca parcerias com as principais entidades e empresas do setor para estimular o segmento de imóveis. Com isso, a companhia atua como uma agente da consolidação dos resultados positivos da área.
E tem mais: para quem trabalha nesse campo, o Apto desenvolveu o Blueprint. A newsletter semanal tem assinatura gratuita e oferece as principais informações para quem deseja se manter atualizado com as condições do setor.
Diante desse panorama, fica evidente que o mercado imobiliário está em recuperação e, mais que isso, em pleno crescimento, certo? As expectativas são igualmente positivas, então há muitas oportunidades que podem ser aproveitadas por quem compra, vende ou constrói.
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