Um espaço de trabalho aberto realmente favorece a produtividade?
As mudanças do mercado de trabalho geraram consequências até em seu espaço físico, e o escritório aberto surgiu neste contexto. Pelo aumento da especulação imobiliária ou pela otimização do espaço que ele permite, esse layout começou a ser implantado em inúmeras empresas, e nos Estados Unidos representa cerca de 70% dos escritórios.
Os escritórios abertos surgem como uma proposta de um ambiente de trabalho produtivo, com uma estrutura própria na qual tudo é visto e compartilhado, ou seja, o individualismo não existe. A ideia é que a fácil comunicação permita uma maior colaboração entre as diferentes áreas, de maneira simples e intuitiva, aumentando a produção, mas nem sempre isso acontece.
Uma pesquisa (em inglês) realizada pela Harvard Business School mostrou que a quantidade de conversas cara a cara caiu 70% no escritório aberto, além disso, fatores como a falta de privacidade e a dificuldade em se concentrar afetaram o desempenho dos funcionários. Mas nem todos os casos de escritórios abertos são negativos ⏤ empresas grandes como Google e Facebook adotaram o modelo e obtiveram sucesso.
Como um caso nacional de sucesso, podemos citar a Amaro. A empresa que revolucionou o consumo de moda necessitava de um espaço para unificar sua sede e contratou o WeWork para fazer o projeto. Com espaços compartilhados e flexíveis, o novo ambiente exemplificou a cultura da marca e resolveu seu maior problema, a necessidade de um espaço que permitisse a troca de ideias e refletisse o espírito de colaboração criativa da empresa.
Talvez nenhum modelo seja necessariamente perfeito, mas a solução pode ser um sistema híbrido, com áreas compartilhadas e outras que proporcionem privacidade e concentração. Regras e boas práticas de convivência também podem ajudar nesse aspecto, afinal o espaço físico é importante, mas não só ele cria um ambiente de trabalho ideal.