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O impacto das bicicletas nas cidades e nos lançamentos imobiliários

Bicicletário com paraciclos suspensos com bicicletas e compressor de ar para pneus.
Foto da autora Nathalia Zanardo

Cada vez mais o transporte alternativo vem sendo utilizado como meio de deslocamento em grandes centros urbanos. A busca por essas opções foi impulsionada nos últimos anos por dois fatores: a pandemia e a alta dos combustíveis, fazendo com que o número das vendas de bicicleta aumentasse, bem como o tráfego em ciclovias de cidades como São Paulo crescesse até 248%.

O uso da bicicleta como meio de deslocamento se tornou realidade em várias partes do mundo, apontando para uma mobilidade urbana que necessitará de uma infraestrutura específica. Por isso, cidades como Milão já começaram a pensar em um plano a longo prazo, prevendo a construção de uma extensa malha viária para bicicletas, que vai interligar 80% da cidade, onde 750 quilômetros de ciclovias serão criados até 2035.

Projeto ciclovia Milão com sistema radial que liga 80% da cidade.
Projeto de expansão da malha cicloviária de Milão em 750 quilômetros. Fonte: Gazeta do Povo

São Paulo é a cidade brasileira com a maior malha cicloviária do País, chegando aos 695 quilômetros de vias para bicicletas. O atual prefeito da cidade ainda prometeu uma expansão dessa malha em 157 quilômetros em 2022, reafirmando que a tendência vista em cidades mundo afora também chegou ao Brasil. Mesmo que pareça um pouco improvável esperar que São Paulo consiga alcançar um resultado como o de Milão, a cidade tem o potencial e a capacidade para abrigar uma malha cicloviária ainda mais completa.

Assim como as mudanças no comportamento das pessoas, o mercado imobiliário atentou-se ao potencial das bicicletas, levando a tendência para alguns empreendimentos. Lançamentos como o Esfera Universo Tatuapé e o Modern Estação Butantã mostram como os condomínios são pensados para uma realidade com bicicletas, onde um bicicletário completo é entregue com paraciclos, estação de ferramentas e, até mesmo, compressor de ar.

Bicicletário com paraciclos suspensos com bicicletas e compressor de ar para pneus.
Bicicletário do Esfera Universo Tatuapé entregue equipado com paraciclos, tomada para bicicleta elétrica e compressor de ar. Fonte: Apto

Já o Vinci pode ser considerado um dos casos mais completos, o condomínio possui um bicicletário coletivo equipado com tomada para carregamento de bicicleta elétrica e bike-tools com ferramentas para manutenção, itens indispensáveis para manter sua bicicleta em boas condições. Além disso, o empreendimento ainda conta com um sistema de bike-sharing, assim até quem não possui uma bicicleta própria pode desfrutar da nova tendência.