Mercado imobiliário nas alturas
O movimento de verticalização do mercado imobiliário se intensificou nos últimos anos, e a paisagem das cidades ficou marcada com edifícios mais altos. Com algumas limitações para construir, a Outorga Onerosa passou a ser cada vez mais utilizada para driblar limitações do Plano Diretor e do Zoneamento.
Esse intenso movimento de verticalização pode estar ligado à valorização dos andares mais altos, afinal nem mesmo o preço mais alto afasta os compradores. A justificativa para essas unidades se tornarem um grande objeto de desejo é que elas proporcionam uma vista privilegiada do entorno, garantem privacidade aos moradores e ainda favorecem a iluminação dos ambientes internos.
Segundo Roberto Barroso Filho, diretor da construtora Engeplus, uma cobertura pode custar 25% a mais do que apartamentos em andares mais baixos. Principalmente porque a maior parte dos compradores deseja investir em um imóvel que oferece um espaço externo privativo e uma vista ampla da cidade, fazendo com que essas tipologias sejam as primeiras a serem vendidas nos lançamentos.
A cobertura mais alta de São Paulo está à venda por R$ 17,5 milhões, com um metro quadrado de quase 30 mil, uma valorização de quase 30% quando comparamos ao valor do metro quadrado das unidades mais baixas. Mas a valorização dos apartamentos mais altos não está apenas no cenário nacional.
Localizado em Nova Iorque, ao lado do Central Park, o apartamento mais alto do mundo custa US$ 250 milhões. Com três andares, a cobertura possui 1.430 m² e conta com sete quartos e oito banheiros, além de um salão de festas e biblioteca. Situado a 350 metros de altura, o apartamento passou a ser referido como “The One Above All Else”. Mostrando a força da verticalização das cidades e um novo objeto de desejo dentro do mercado imobiliário.