Disparidade entre renda e poder de compra no Brasil
Atualmente, a renda média dos trabalhadores brasileiros é a menor em quatro anos, ao passo que caiu 11% no primeiro trimestre de 2021. Para entender as movimentações do mercado e a desigualdade entre a renda causada pelos efeitos da inflação, é importante refletir sobre o poder de compra, a renda dos compradores e a influência da economia brasileira atual no setor imobiliário.
A intenção de compra de imóveis no País, nos primeiros nove meses de 2021, indica desaceleração. Seu menor patamar aconteceu em abril de 2020, com 20%, após atingir mais que o dobro deste valor em novembro do mesmo ano (46%). Atualmente, a intenção de compra está em 39%, segundo pesquisa da Brain Inteligência Estratégica.
Os principais fatores que afetam a intenção de compra de um imóvel são:
- Aumento da inflação;
- Cenário político atual;
- Taxa de desemprego.
Atualmente, a taxa de desemprego no Brasil diminuiu para 13,2% no trimestre até agosto deste ano, e, apesar da melhora em relação a julho, quando atingiu 13,7%, são 14,4 milhões de desempregados no País, e a renda média dos trabalhadores caiu 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entretanto, com a evolução da vacinação no País, ultrapassando até mesmo os Estados Unidos, a chegada das eleições no ano que vem e a retomada de diversos setores, muitos negócios passaram a ser reaquecidos, enquanto surgem indícios de novos recomeços, incluindo a possibilidade de geração de empregos.
Além disso, de acordo com um estudo realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) sobre Affordability e o poder de compra de imóvel dos brasileiros, há uma evolução positiva, devido principalmente à melhora recente nas condições do financiamento imobiliário.