Como vai o desempenho do mercado imobiliário até então?
Apesar dos impactos da pandemia e dos desdobramentos econômicos que rodeiam o País, o mercado imobiliário segue em tendência de crescimento, enquanto se estima que a construção terá, em 2021, crescimento de 5%, o maior em 10 anos. Mas, afinal, quais são as expectativas sobre o desempenho do setor nos próximos meses?
A demanda contínua por imóveis mostra como o setor imobiliário segue atrativo tanto para compradores como para investidores. Somente nos primeiros seis meses de 2021, foram lançadas 61.199 unidades, o que representa um aumento de 61,7% em relação aos lançamentos do primeiro semestre do ano passado, enquanto as vendas alcançaram 74.438 unidades. Em 2019, a venda de unidades (130.434) apresentou alta de 9,7% na comparação com 2018, quando foram vendidas 118.893 unidades.
Confira, a seguir, parte dos principais fatores que contribuíram para o ótimo desempenho do setor, até então:
- O Indicador ABRAINC-FIPE do último trimestre, entre maio, junho e julho, apontou uma alta de 69,5% nos lançamentos de imóveis, diante do mesmo período de 2020;
- O volume de vendas de residenciais de alto padrão nos primeiros seis meses deste ano foi 33,2% maior do que no mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, os lançamentos tiveram um aumento expressivo de 978,5% em relação ao mesmo período do ano passado, em seu melhor desempenho, desde 2014;
- Os imóveis pertencentes ao programa Casa Verde Amarela representam 75% dos imóveis lançados e tiveram um aumento de 21,1% nos lançamentos e de 34,7% nas vendas nos 12 meses até junho.
- O crescimento do setor vem acompanhado da geração de empregos. No acumulado do ano, o País abriu 2.203.987 vagas, o melhor resultado para o período desde 2010;
- A construção civil contribuiu com a recuperação do PIB brasileiro, perante os juros baixos para o financiamento da compra da casa própria. Apesar do recuo atual, a contribuição foi essencial.
E apesar da Selic em crescimento, a expectativa é que a alta dos preços dos insumos e de juros não deva afetar o otimismo do mercado. No mês de agosto, ainda enquanto a Selic estava em 5,25%, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram 21,01 bilhões de reais, um valor 11,8% maior do que o registrado em julho. E em comparação com agosto do ano passado, cresceu 79,2%.
Segundo o Secovi-SP, somente em São Paulo, ainda durante a pandemia no primeiro semestre de 2021, quando foram registradas 29.935 vendas, foi o período em que mais houve vendas de imóveis novos na capital desde o início da série histórica, em 2004. Lembrando que foram lançados mais imóveis (36.699) na capital nos dois primeiros semestres desde o início da pandemia, que nos três primeiros semestres de 2017 a 2019 somados (33.726).
Que tal uma boa dose de otimismo para encerrar a semana com chave de ouro?!