Apartamentos compactos, vilões ou soluções?
Em grandes centros urbanos, os apartamentos compactos dominaram os lançamentos, segundo dados do Anuário do Mercado Imobiliário do Secovi das 60 mil unidades residenciais lançadas na cidade de São Paulo em 2020, 77% contavam com metragens de até 45 m², e, desses lançamentos, 24% possuíam metragens inferiores a 30 m².
Mas a explosão de apartamentos menores não aconteceu apenas em um cenário nacional, diversos países começaram a construir com metragens cada vez menores para driblar a escassez de terrenos em grandes cidades e para criar produtos que coubessem no bolso e no estilo de vida dos compradores.
Desde Tóquio, com seus microapartamentos de 9 m², até Hong Kong, com apartamentos com o tamanho de uma vaga de estacionamento (em inglês), essas moradias minúsculas se popularizaram e revelaram uma nova forma de se viver. Mas será que esse tipo de construção é realmente salubre a seus moradores? Mesmo como uma possível solução, esses apartamentos precisam ser bem-planejados para garantirem uma boa qualidade de vida ao morador, o que acaba sendo deixado de lado muitas vezes.
Em Hong Kong, por exemplo, o governo afrouxou os regulamentos sobre essas construções, fazendo com que as plantas se tornassem claustrofóbicas como se fossem um extenso e estreito corredor, com apenas uma janela e com banheiro onde não existem divisões internas. Em Tóquio, a falta de espaço dos microapartamentos não permite a criação de uma área com mesa e cadeiras, assim seus moradores precisam realizar suas refeições em pé.
As metragens compactas não são as vilãs e são excelentes opções para lidar com o contexto urbano, mas seus projetos devem ser planejados com muito cuidado voltando o olhar para o morador. Muitos lançamentos, como o Viva Benx Casa do Ator e o Viva Benx Tatuapé, mostram que desde studios até apartamentos mais compactos de dois dormitórios, com plantas bem-solucionadas e um condomínio completo, são a solução para tornar aquele empreendimento um lar.