A leitura do espaço adaptada às diversas necessidades
Apesar de a experimentação do espaço ser naturalmente diferente para cada indivíduo, é importante utilizar mecanismos que promovam igualdade. Para a construção civil existem as normas de acessibilidade e os conceitos de desenho universal, mas acreditamos que é preciso ir além.
Cerca de 39 milhões de pessoas no mundo são cegas, e ainda há as que possuem outros problemas na visão. No Brasil, as pessoas com deficiência visual totalizam 18,8% dentre todas as outras deficiências. Algumas tecnologias podem ser aplicadas no setor imobiliário para que esse grupo tenha uma boa experiência no processo de escolha de seus imóveis.
A transformação de imagens em maquetes 3D é uma medida que vem sendo utilizada em exposições de arte e em iniciativas como o Projeto “Fotografia Tátil”. Imagine como seria interessante proporcionar ao cliente, além da maquete do edifício, as imagens das áreas comuns, ou até mesmo dos ambientes decorados, nesse formato.
Para o arquiteto Chris Downey, que perdeu a visão há 12 anos, associar informações multissensoriais como texturas, sons e cheiros facilita ainda mais a autonomia. Levando em consideração premissas como essa, foram implantados mapas com componentes táteis e sonoros em 44 estações de metrô da cidade de São Francisco, na Califórnia. Por meio deles, informações previamente gravadas são reproduzidas à medida que a caneta inteligente Livescribe toca em alguns pontos.
Novas tecnologias podem e devem ser incorporadas ao processo de compra, inclusive as que dispensam o toque, para que a acessibilidade seja levada em consideração em todos os níveis, e não apenas como cumprimento de normas.