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Perspectivas para o mercado imobiliário no pós-pandemia

O gráfico representa as perspectivas para o mercado imobiliário pós-pandemia.
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Por Vince
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A pandemia provocada pela COVID-19 afetou todos os setores da economia, em diferentes intensidades — incluindo o segmento de imóveis. Com o avanço da vacinação e o arrefecimento de casos em muitas regiões, é o momento de começar a considerar o cenário do mercado imobiliário pós-pandemia.

No período depois da crise, é possível prever mudanças em relação ao que todos estavam acostumados. Porém, também existem tendências que já vinham se firmando ao longo do tempo e, agora, parecem se consolidar. 

Para se preparar adequadamente para o futuro, vale a pena entender o que esperar desse novo cenário. A seguir, veja quais são as perspectivas para o mercado imobiliário depois da pandemia!

O cenário após abertura do comércio

No começo da pandemia, ainda em 2020, cidades em todo o País realizaram medidas de distanciamento social. Entre elas, estavam decretos relativos ao fechamento temporário do comércio. Isso afetou, principalmente, o segmento imobiliário comercial.

Porém, em 2021, o mercado de imóveis conseguiu expandir sua atuação em 26%. Em parte, isso se justifica pela taxa de juros baixa. A Selic atingiu a baixa histórica de 2% ao ano durante diversos meses de 2020 e incentivou compras.

Além disso, diversos compradores anteciparam a decisão de adquirir imóveis. Com as incertezas do cenário, o investimento no setor se tornou uma possibilidade para muitos que já consideravam a alternativa. Os preços também atraíram compradores e investidores em busca de oportunidades.

De 2021 em diante, existe a expectativa de reabertura e de alívio das medidas sanitárias, conforme avança a vacinação e cai a taxa de contaminação. Com a abertura do comércio no pós-pandemia, portanto, a expectativa é positiva para o mercado imobiliário.

Protocolos sanitários indicados para abertura de lojas.
Protocolos sanitários indicados para abertura de lojas. Fonte: Bezerros Hoje

Segundo pesquisa da Datastore, apresentada pelo Estadão, a intenção de compra de imóveis populares, de médio e de alto padrão, é de 29% até 2023.  Como exemplo do desempenho do mercado, é possível considerar o primeiro semestre de 2021 na maior cidade do País.

Segundo a Pesquisa Secovi-SP, referente a julho de 2021, foram 5,3 mil unidades comercializadas. Embora o desempenho seja menor que o de junho, foi 23,8% maior que julho de 2020. Em 12 meses, o acumulado foi de 65,5 mil unidades, contra 47,2 mil no mesmo período em julho de 2020.

As tendências para o financiamento imobiliário

Como você viu, a baixa da taxa Selic foi um dos fatores para o bom desempenho do mercado imobiliário em 2020. Em 2021, por outro lado, o Comitê de Política Monetária (Copom) já realizou sucessivos aumentos na taxa Selic. 

Em outubro de 2021, por exemplo, o indicador estava em 6,25% ao ano. Na prática, isso tende a diminuir o acesso ao crédito imobiliário, já que aumenta os juros do financiamento. Como consequência, o desenvolvimento do mercado de imóveis pode ser afetado.

 O gráfico mostra a evolução da taxa Selic a partir de março de 2021.
 O gráfico mostra a evolução da taxa Selic a partir de março de 2021. Fonte: Banco Central | Jovem Pan

Então, embora exista a tendência de melhoria no setor, o avanço da Selic requer atenção. Dependendo do caso, construtoras e incorporadoras podem buscar ofertas diferenciadas para atrair compradores e fechar mais negócios.

Também será necessário considerar a questão relacionada aos riscos envolvidos nas operações de crédito. Conforme o mercado se comportar, a inadimplência deverá receber cuidado reforçado.

Ao mesmo tempo, é crucial entender as perspectivas da Selic e da inflação. O cenário econômico pode afetar o desempenho geral do segmento e da construção civil, o que tende a afetar a comercialização de imóveis.

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O avanço do home office

Outro ponto importante para o setor imobiliário envolve a mudança no comportamento do consumidor. Diante das restrições da pandemia, uma grande parcela dos profissionais passou a trabalhar remotamente, no regime home office.

Com a liberação de parte das medidas restritivas, muitos voltaram ao escritório. Porém, também existe uma porção significativa que passará a realizar o trabalho híbrido ou definitivamente remoto, mesmo com a retomada econômica.

Essa dinâmica, somada ao tempo maior passado em casa durante o ápice das medidas de isolamento, motivou mudanças nas buscas dos compradores. Por isso, no cenário pós-pandemia é possível observar uma busca por imóveis maiores e mais confortáveis.

Características que geraram a busca por novos modelos de trabalho, como o remoto e o híbrido.
A procura por imóveis ganhou algumas mudanças devido aos novos modelos de trabalho. Fonte: Blueprint

Devido ao home office, muitas dessas buscas podem acontecer fora dos centros comerciais principais. Então novos locais de loteamento, em regiões mais tranquilas, podem ganhar destaque perante as tendências.

Por outro lado, o segmento de imóveis comerciais pode apresentar dificuldades. Especialmente ao longo de 2020, muitas empresas entregaram escritórios e outros imóveis, o que aumentou a vacância em determinadas regiões.

Com as mudanças implementadas a partir do home office, o mercado de escritórios e lajes corporativas pode sofrer alterações. Para os corretores de imóveis e para as imobiliárias do setor, esse acompanhamento é relevante.

O papel de corretores e imobiliárias

As perspectivas do mercado imobiliário pós-pandemia também incluem os diferentes agentes envolvidos no processo. Tanto o corretor de imóveis quanto as imobiliárias tradicionais e digitais precisam se adaptar à nova situação.

Um dos efeitos positivos da pandemia sobre os agentes do mercado é o uso de tecnologia. As exibições com realidade aumentada e os tours virtuais são exemplos de recursos que permitiram a interação dos compradores em potencial, mesmo nos períodos de suspensão de visitas.

Além disso, toda a equipe imobiliária precisa estar atenta às novas exigências e ao novo comportamento de consumo.

A praticidade gerada pelos processos digitais aproximou mais pessoas do mercado imobiliário, e a tecnologia contribuiu com avanços importantes.
A praticidade gerada pelos processos digitais aproximou mais pessoas do mercado imobiliário, e a tecnologia contribuiu com avanços importantes. Fonte: Blueprint

Uma boa gestão de vendas começa com ações de marketing estratégicas, direcionadas e personalizadas, por exemplo. Exibir imóveis nas mídias certas e capazes de atrair o público de interesse se torna ainda mais importante.

Além disso, é fundamental considerar a relevância de realizar um atendimento consultivo. O foco do corretor imobiliário deve ser identificar as necessidades do cliente e oferecer um imóvel compatível com a demanda. Com um valor agregado maior, as chances de venda se tornam maiores.

Isso já é importante em situações normais, mas se torna indispensável no período de recuperação pós-pandemia. Desse modo, é possível aproveitar melhor as oportunidades, como os leads gerados pelas ações de divulgação.

Como você viu, as perspectivas para o mercado imobiliário pós-pandemia são positivas, com tendência de crescimento dos lançamentos e das vendas. Porém, é necessário que tanto imobiliárias como corretores estejam preparados para lidar com as mudanças previstas.

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