O impacto do aumento da Selic para os investidores no mercado imobiliário
Recentemente, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, levando a taxa para 4,25% ao ano, o maior patamar desde fevereiro de 2020, período pré-pandemia. Logo, surgiram previsões sobre os novos aumentos, o futuro dos negócios das empresas do setor imobiliário na Bolsa e as suas consequências nas vendas de imóveis.
A Selic é determinante para as operações de crédito, como o financiamento de imóveis, podendo também interferir nos investimentos, já que serve como referência dos juros para parte dos investimentos de renda fixa. Suas variações ocorrem devido às flutuações da inflação, com o objetivo de prevenir impactos na economia.
Em agosto de 2020, a taxa foi cortada em 0,25 ponto percentual, até que a decisão levou o valor de 2,25% para 2% ao ano ⏤ o mais baixo da história. Entretanto, avaliando a evolução da taxa ao longo dos anos no País, é notável como este foi um episódio inédito, em decorrência da pandemia. A diminuição atraiu muitos investidores para o setor imobiliário e a dúvida é se o setor ainda é interessante para eles. A resposta? Sim!
Agora que a Selic começou a subir, os rendimentos das aplicações de renda fixa ficam um pouco maiores, o que contribui para que o investidor pense duas vezes antes de sair da renda fixa, em que a rentabilidade é maior e o esforço é menor. Porém, a ideia de continuar no setor imobiliário ainda é interessante, já que ele encontra um fluxo previsível de renda, rentabilidade mensal, proteção de capital, valorização do capital investido e segurança.
Enquanto a alta dos preços continuar, a previsão é de que a Selic continue subindo, de acordo com o Banco Central. Os especialistas ainda afirmam que levará algum tempo para que os efeitos do aumento dos juros básicos impactem o mercado imobiliário de maneira mais considerável. Assim, a perspectiva é de que os efeitos no câmbio (valor do Real perante o Dólar) e na política econômica apareçam futuramente, mas somente daqui há algum tempo.