Incentivos para implantar parques em imóveis particulares
Há lançamentos que pensam o espaço público como estratégia e, cada vez mais, são produzidos empreendimentos com amplas áreas verdes em parte de seu terreno. O Amazon Parques e Resorts, que será lançado em Santa Catarina, é um dos exemplos mais recentes e tem como objetivo propagar conhecimentos sobre a Amazônia. Para isso, o megaempreendimento contará, até mesmo, com um Centro Científico.
Esse modelo de planejamento é visto, em alguns casos, apenas como gentileza urbana para cumprir exigências legais. No entanto, está em andamento a proposta que prevê parques sustentáveis em imóveis particulares, o que pode mudar completamente a maneira como os respiros verdes são pensados nas áreas urbanas.
A ideia da proposta é que imóveis privados possam existir em harmonia com o uso público para lazer e, assim, o investimento aplicado pelas construtoras será reconhecido a partir de incentivos fiscais oferecidos pelo município.
As Reservas Particulares de Patrimônio Natural seguem um princípio parecido, pois, ao formalizar uma unidade de conservação, o proprietário tem: acesso à isenção fiscal, auxílio governamental para a captação de recursos, prioridade na análise de pedidos e mais. Considerando que a cidade de Curitiba e o estado de São Paulo possuem mais de 70% de suas áreas naturais em propriedades privadas, essa é uma medida essencial para a conservação.
Nas rurais, ou pouco urbanizadas, o desafio é preservar os biomas naturais remanescentes, enquanto nas cidades grandes, onde há pouco solo livre, o desafio é encontrar espaços para implantar novas áreas verdes. A proposta surge para suprir essa necessidade das áreas adensadas, afinal cidades mais verdes são uma necessidade para a existência de um futuro.